Amábile (Santa Paulina) se identificou e viveu a proposta do Evangelho de ser sal da terra e luz do mundo. Desde a infância, ela foi sinal da luz de Deus: iluminava!
Pensemos: família pobre, 14 irmãos, o pai pedreiro e a mãe dona-de-casa. Deixaram seu país, a Itália, parentes, amigos e vieram para o Brasil, em busca de melhores condições de vida. Se instalam em Nova Trento. No cotidiano, nutrindo a amizade e partilhando os sonhos com Virgínia, vai sentindo um chamado, um fazer da vida algo a mais… Ajudavam na catequese, na limpeza da Igreja e, depois, saíram da casa dos pais para cuidar de uma mulher com câncer, num pequeno casebre.
Ela tinha clareza de tudo? Entendia o que estava acontecendo? Com certeza, não. Tem coisas que vamos sentindo, vivenciando e nem sempre entendemos tudo na hora. Precisamos escutar, silenciar, prestar atenção…
Tem um fato que marcou a vida de Amábile: um sonho. Nossa Senhora aparece e pede a ela que inicie uma obra. Ela se questiona, pergunta: como fazer isso, sou tão pequena, ignorante, não tenho meios? Esse sonho persistiu na noite seguinte, onde Nossa Senhora pergunta o que ela decidiu, e Paulina responde que quer colocar sua vida a serviço e promete se esforçar.
O que isso diz para nós, hoje? Duas lições:
1ª – Que Deus se manifesta na nossa vida de muitas formas: um sonho, um acontecimento, uma pessoa… nos sentimos mexidos e, às vezes, até transtornados. Ainda, nos achamos pequenos, que não conseguimos, que não vai dar certo, que somos incapazes… E Deus respeita nossa liberdade, não força a barra, espera, é paciente… Ele sabe que somos capazes, que temos um potencial enorme se acreditarmos em nós mesmos.
2ª – Paulina promete que vai se esforçar. É um esforço não da boca para fora, que desiste logo na primeira dificuldade. Ela tem agora um desejo, um motivo, uma meta a perseguir e não medirá esforços. Se olharmos sua trajetória – foi mal compreendida, perdeu seu cargo, viveu no anonimato – e por que não desistiu? Ela usou de determinação, confiança, firmeza, passo a passo, sempre em frente. Ela queria viver com sentido, com gosto/sabor. Ela acreditou!
Silêncio… e eu? Acredito no meu potencial, que consigo e que sou capaz de grandes gestos? Ou desisto com facilidade? Que sentido/que sabor tem a vida para mim? Meu esforço, determinação, são suficientes para alcançar meus sonhos?
Compromisso a partir do Testamento de Paulina: Sermos humildes, pois é nosso Senhor quem faz tudo. Conscientes de que somos simples instrumentos. Confiarmos sempre e nunca desanimarmos, embora venham ventos contrários. Permanecermos firmes e adiante! Solidários/as com os que mais precisam, fazendo com que nossa vida seja uma bênção que ilumina e dá sabor.
Coordenação de Pastoral
