Uma ditadura não se mantém sem a censura e a repressão, e o motivo disto é claro: se o “gigante” popular é libertado, cai a máscara do Estado, e sua fragilidade é exposta. No Brasil, a repressão se deu, principalmente, através de medidas como o AI-5 (Ato Institucional Número Cinco) e a criação do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social). Através deles, proibiu-se o direito a manifestações, opositores foram presos e a Constituição alterada.
Se, no entanto, impediu-se o reinado da democracia, ela continuou a existir nos sonhos dos brasileiros. Isto é visível através de acontecimentos como a Marcha dos Cem Mil, e, indiretamente, através da produção musical, artística e literária do período, quando grandes artistas souberam, inteligentemente, expressar-se por vias subjetivas.
O regime militar no Brasil não deve ser lembrado como uma ferida aberta, mas como uma cicatriz. Assim deve ser, pois servirá de lição para o futuro, a fim de se ficar atento não somente quanto à ditadura declarada, mas também àquela do pensamento, sintoma claro do totalitarismo. A democracia é dom precioso da nação, e seus filhos são incumbidos de protegê-la sempre, seja qual for o agressor.
Por Gabriel Pereira Berlatto – Ensino Médio – Turma 303.
Produção Textual: Professora Maria Cristina A. Biagio.