Ir. Roseli apresentou a imagem a diversas Irmãs, especialmente nas Casas de Irmãs Idosas (Bragança Paulista-SP), Casa de Oração Madre Paulina (Nova Trento-SC e Sete Lagoas-MG), como também no encontro das coordenações e equipe ampliada. O trabalho foi aprovado com muita alegria e emoção pelas Irmãs.
A data de apresentação do rosto foi definida como um dos marcos da celebração dos 150 anos do nascimento de Santa Paulina. Além da exibição na celebração do dia 13, outra apresentação da nova imagem de Santa Paulina está marcada para o dia 20 de dezembro, no Santuário Santa Paulina, em Nova Trento-SC.
Para Ir. Roseli, as comemorações são motivos de grande alegria. “Celebrar os 150 anos do nascimento de Santa Paulina é dar graças a Deus pelo dom da vida e a missão realizada pela nossa Fundadora, a Primeira Santa do Brasil. É também um compromisso com a obra e missão que ela nos confia há 125 anos: a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição”. A Coordenadora Geral também destaca o significado da data. “Nos convoca a todos e todas: Irmãzinhas e leigos/as, como a Famapa (Família Madre Paulina) e o ISSP (Instituto Secular Santa Paulina), colaboradores e devotos, a viver no discipulado de Jesus, a partir do Carisma e Espiritualidade que viveu Santa Paulina, a serviço dos pobres, colaborando na construção do Reino de Deus”.
Programação
Capela Sagrada Família e Santa Paulina (Ipiranga-SP)
Data: 13/12
Horário: 11h00
Santuário Santa Paulina (Nova Trento-SC)
Data: 20/12
Horário: 9h45
História
Nascida no dia 16 de dezembro de 1865, em Vígolo Vattaro, Trentino Alto Ádige, norte da Itália recebeu o nome de Amábile Lúcia Visintainer. Imigrante italiana radicada no Brasil desde os nove anos de idade, Santa Paulina adotou o Brasil como sua pátria e os brasileiros como irmãos. Imigrou para o Brasil, juntamente com seus pais, seus irmãos e outras famílias da região Trentina, no ano de 1875, estabelecendo-se na localidade de Vígolo, em Nova Trento.
Aos 12 de julho de 1890, com sua amiga Virginia Rosa Nicolodi, deu início à Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, cuidando de Angela Viviani em fase terminal de câncer, num casebre doado por Beniamino Gallotti. Após a morte da enferma, em 1891, juntou-se a ela mais uma entusiasta de ideal: Teresa Anna Maule.
Em 1894 o trio fundacional da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição transferiu-se para a cidade de Nova Trento. Receberam em doação o terreno e a casa de madeira dos generosos benfeitores: João Valle e Francisco Sgrott, hoje um centro de encontros.
A itinerância missionária
Em 1903, Santa Paulina foi eleita Superiora Geral, por toda a vida. Nesse mesmo ano, deixou Nova Trento para cuidar dos ex escravos idosos e crianças órfãs, filhas de ex escravos e pobres no Ipiranga, em São Paulo (SP). Recebeu apoio do Pe. Luiz Maria Rossi e ajuda de benfeitores em especial do conde Dr. José Vicente de Azevedo.
Em 1909, a Congregação cresce nos estados de Santa Catarina e São Paulo. As Irmãs assumem a missão evangelizadora na educação, na catequese, no cuidado às pessoas idosas, doentes e crianças órfãs. Nesse mesmo ano, Santa Paulina é deposta do cargo de Superiora Geral pela autoridade eclesiástica e enviada para Bragança Paulista, a fim de cuidar doentes e asilados, onde testemunha humildade heroica e amor ao Reino de Deus. Compreendendo que a obra é de Deus e não sua, ela se submete humildemente e permanece por nove anos naquela missão.
Em 1918, Santa Paulina é chamada a viver na sede Geral da Congregação, onde testemunha uma vida de santidade e ajuda na elaboração da História da Congregação e no resgate do Carisma fundante. Acompanha e abençoa as Irmãs que partem em missão para novas fundações. Alegra-se com as que são enviadas aos povos indígenas em Mato Grosso, em 1934. Rejubila-se com o Decreto de Louvor dado pelo Papa Pio XI, em 1933, à Congregação.
Santa Paulina morre aos 77 anos, na Casa Geral em São Paulo, dia 9 de julho de 1942, com fama de santidade; pois viveu em grau heroico as virtudes de FÉ, ESPERANÇA e CARIDADE e demais virtudes.
Processos de Beatificação e Canonização
O primeiro milagre foi registrado em Imbituba (SC), no qual foi reconhecida a cura instantânea, perfeita e duradoura de Eluíza Rosa de Souza, que possuía uma doença complexa: a morte intra-uterina do feto e sua retenção por alguns meses; extração com instrumentos e revisão do útero, seguida de grande hemorragia e choque irreversível. O caso foi discutido e, posteriormente, o Santo Padre ratificou em decreto aprovando as conclusões da Congregação para as Causas dos Santos.
Já o segundo milagre comprovado ocorreu com a menina Iza Bruna Vieira de Souza, de Rio Branco (AC). Ela nasceu com má formação cerebral, diagnosticada como “meningoencefalocele occipital de grande porte”. No 5º dia de vida, foi submetida, embora anêmica, a uma cirurgia e, depois de 24 horas, apresentou crises convulsivas e parada cardiorrespiratória. A avó da menina, Zaira Darub de Oliveira rezou à Madre Paulina durante toda a gestação da filha e também durante o período no Hospital. A menina Iza Bruna foi batizada no próprio Hospital, dentro do balão de oxigênio, e logo se recuperou.
A beatificação deu-se em 18 de outubro de 1991 e no dia 19 de maio de 2002, o Papa João Paulo II canonizou Santa Paulina, reconhecendo suas virtudes em grau heroico: humildade, caridade, fé, simplicidade, vida de oração, entre outras.