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SANTA PAULINA RECEBE TÍTULO DE CIDADÃ PAULISTANA

 

Na tarde deste sábado (6), Santa Paulina recebeu título póstumo de cidadã paulistana em ato solene, na sede geral da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, no Ipiranga (SP).

A primeira santa do Brasil obteve a honraria pelos serviços prestados a cidade de São Paulo de 1903, quando iniciou a obra Sagrada Família, que abrigava ex-escravos e suas famílias, a 1942, ano da sua páscoa definitiva.

A celebração, que contou com cerca de 100 pessoas, entre religiosas e religiosos, comunidade e devotos, foi marcada por apresentações artísticas e reflexões sobre a história de Madre Paulina, mulher que viveu a frente do seu tempo, evangelizadora pela caridade e modelo de fé.

A homenagem, de iniciativa da vereadora Juliana Cardoso, conforme Decreto Legislativo 42/2021, foi recebida pela Irmã Rosane Lundin, coordenadora geral da Congregação.

“Ao receber o título de cidadã paulistana, acredito que Santa Paulina nos convoca ao compromisso do cuidado com a vida. Convoca todos e todas, mas de modo especial cada uma de nós, mulheres. Cuidar e proteger a vida foi um compromisso assumido por Santa Paulina e um legado que ela nos deixou: ser promotoras da vida, colocar nossos forças e energias em defesa da vida”, afirmou Ir. Rosane.

CIDADÃ PAULISTANA

O título nasceu da inquietude da Prof. Dra. Ir. Maria Neusa dos Santos ver Santa Paulina e a Congregação reconhecida pelos trabalhos desenvolvidos em São Paulo. Em diálogo com o Prof. Dr. Marcio Romeiro, a ideia foi sendo gestada e juntos conversaram com a vereadora da cidade, que abraçou o projeto.

Em discurso conjunto, Irmã Neusa, idealizadora da homenagem, e Marcio, coo-idealizador, questionaram: Qual o modelo de Igreja e de cidade queremos para os dias atuais? Quais caminhos podemos apontar para todos que têm apreço por Santa Paulina?

“Foi com coragem e generosidade que Santa Paulina, mesmo diante das dificuldades, deu uma resposta aos pobres, a sociedade e a Igreja. Sua resposta foi feminina e institucional: socorreu doentes, cuidou dos pobres, educou e alimentou as crianças, amparou a todos. Indicando sempre um caminho”, afirmou Irmã Neusa.

Em sua intervenção, a vereadora agradeceu aos idealizadores por compartilharem este sonho, já que a homenagem também se tornou uma mensagem de esperança para a atualidade. “Madre Paulina tinha o dom da sensibilidade, foi disponível, trabalhadora, esperançosa, atuante e serva de Deus. É uma honra poder homenagear uma mulher como foi Santa Paulina”, afirmou Juliana.

A composição da mesa também contou com a presença de Dom Ângelo Ademir Mezzari, bispo-auxiliar da Arquidiocese de São Paulo e Vigário Episcopal para a Região Ipiranga; Ir. Maria Irene da Silva, coordenadora da Província Nossa Senhora Aparecida; Prof. Dr. Pe. Rodrigo Vilela, Capelão da Capela Sagrada Família e Santa Paulina; Solange Cervera Faria, coordenadora da Pastoral da Moradia da Região do Ipiranga, Prof. Dr. Simão Pedro, assessor da Pastoral da Moradia da Arquidiocese de São Paulo; Ir. Maria Lúcia da Silva, responsável pelas obras sociais e da Educação na CIIC; e Maria das Graças Xavier, advogada especialista em direitos humanos e políticas públicas.

O título faz parte das festividades do Ano Jubilar, que celebra os 20 anos da canonização de Santa Paulina e 80 anos de sua morte.

Que Santa Paulina continue intercedendo pela Congregação que fundou, para que cresça ainda mais e saia ao encontro das vidas que clamam por dignidade e justiça.